domingo, 19 de junho de 2011

A decadência das adaptações literárias

Lindo, quando eu fiquei sabendo que havia essa matéria na grade da faculdade de Audiovisual, não poderia ter tido maior alegria. Fazer uma adaptação literária seria uma incrível experiência, eu estava no auge do meu fanatismo por Harry Potter e derivados.
Quando finalmente chegamos ao terceiro semestre e as aulas começaram de fato, não foi bem uma decepção. A decepção veio quando o professor passou determinados textos dos quais deveríamos fazer um curta.
Tchau fantasias.
Felizmente por ser uma turma um tanto chegada ao professor (sem puxassaquismo) ele nos deixou adaptar algo diferente, mas teria que ser aprovado pelo mesmo. Tá, melhor que nada. Algumas discussões grupais pra decidir o que faríamos enfim e no meio de algumas comedinhas, a Bruna achou um lindo e depressivo, claro texto romântico.
Não sei porquê, mas naquela época acho que o único com tempo disponível era eu, e me incumbiram de roteirizar. A galera tava satisfeita e razoavelmente dedicada, queríamos gravar logo, pois todas as atenções estavam voltadas para o curta seguinte, o da matéria de psicologia que futuramente veio a ser o do semestre por falta de tempo e também porque ficou muito bom, vai. Eu curti o roteiro, ficou simples e direto. Chegando no dia da produção e nada de elenco. Rá. E lá volta o querido padre que não decora suas falas.
Eu protagonizei meu roteiro, então não poderia ser muito ruim. MAS É CLARO QUE SIM. Mariana atuou bem, Cardoso também, consegui odiar o personagem dele fácil AFINAL ELE TAVA PEGANDO MINHA MINA E ERA MEU AMIGO E...
A gravação foi um terror, e não por ter sido nos estúdios Kaiser. A equipe quis dar uma de "estamos virando profissionais" e, eu sei que é o certo, tivemos que suportar aquele calor magnífico da iluminação. Sempre correndo contra o tempo, gravamos tudo em um dia. Glória.
Se eu tiver coragem de reassistir aquilo, capaz de eu quebrar o dvd no meio, apesar do trabalho do Pinda de finalização ter ficado muito bom, o menu e a arte e tudo mais, minha atuação matou o curta. Tive que ouvir do professor que eu não parecia tão acabado pra quem tinha uma doença terminal. Isso é bom pro ego, mas ele queria que tivesse sido alguém magro e com barba por fazer e EU ERA GORDO E AINDA HOJE NÃO TENHO BARBA DIREITO, beleza.
Mas sério, não lembro quem produziu, mas obrigado por não ter se dedicado a procurar um bom ator e me deixar estragar aquela obra tão bonita. Tenho vontade de refazer não atuando, obviamente.
E o farei, uns tempos atrás tive um sonho de adaptar totalmente a história pra uma pseudo comédia, é.
Ah sim, o título é "Pérola Imperfeita", que eu tirei de uma aula de história da arte, nem lembro mais o que significava.

É isso, beijos. Juro que o próximo é mais animado, afinal será de fato a vez de "TPM", um dos, se não o melhor curta que eu já tive a honra de colaborar pra que acontecesse.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Déjà-vu

A coruja piando na escuridão, o som macabro não ficava melhor acompanhado pelo vento que soprava por entre as altíssimas árvores ali. Cruzou os braços numa vã tentativa de proteger-se melhor do frio. Caminhou rapidamente até o estreito corredor formado pelos prédios e no fim deste via a luz do pequeno pátio. Através das janelas ouvia algumas vozes, distantes, como se não notassem tudo que acontecera. Mas o que aconteceu?
Não se lembrava, apesar da incrível sensação de déjà-vu. Os sons, os sentidos, as visões, tudo tão estranhamente familiar, porém nunca esteve naquele lugar antes. Só sabia o que aconteceria a seguir. E tinha medo, mas continuou andando em direção à claridade.
Lá sabia que encontraria um vulto, não tinha idéia quem seria, mas não falhou. Ao chegar no pé da pequena escada que dividia o pátio entre os prédios viu alguém parado no último andar, de costas para si e contra a luz.
Um conflito pairou em sua mente, deveria correr e se esconder ou era seguro pedir ajuda? Antes que se decidisse, o vulto virou se revelando.

Só querendo exercitar um pouco a criatividade, me obriguei a escrever uma histórinha, mesmo que seja bestinha, só pra também deixar isso aqui sempre atualizado, né. A idéia é não pensar em nada, apenas escrever, sem montar um esqueleto de roteiro. Não pensarei nela, só quando voltar a escrevê-la. Ah, e como um pequeno desafio, gostaria que vocês me ajudassem com sugestões do que poderia acontecer (ou ter acontecido antes) propondo uma situação, objeto, ação, personagem, seja a maluquice que for, que eu tentarei encaixar. E se não der em nada, desconsiderem esse post.
Só pra vocês terem uma idéia como isso vai ser dificil pra mim: comecei a pensar em um enredo, mas aí quando me dei conta PLIM já tinha idéia pra roteireirizar em uma trilogia de curtas-metragens.
É isso, beijos.