sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Gosto de achar que gosto

Tenho vinte e um anos e não sei o que é amor.
Opa, espera aí! Não feche a janela, nem fuja, tente ler o texto e talvez você se identifique. Juro que minha intenção aqui não é me fazer de coitado e nem ser piegas.
Pois bem, sou feliz. Viu? Feliz sem saber o que é amor, isso não é nada convencional.
Amo meus pais, minha família e meus amigos e sou feliz, mas ainda falta-me aquele amor. Aquele de tantas músicas e filmes que tanto fazem sucesso, mesmo sendo tão corriqueiramente perfeitos (ou imperfeitos).
Quero um pouco disso, dessa perfeição (ou imperfeição) pra trazer algo novo pra mim, se já sou feliz e ficar ainda mais, bem. Se for pra sofrer um pouco aprendo com isso e melhor ainda. Sofrer muito eu não sofro, mas isso é coisa minha. Espero que vocês todos sejam como eu pra lidar com essas coisas, levo no bom humor ou nem levo, se não compensa.
Enquanto isso jogo comigo mesmo. Tipo um jogo de caça. Na floresta, com um arco e aljava cheia de flechas com as pontas em forma de coração. Errei um alvo? Tento outro. Caramba, como essas criaturas se movem rápido, às vezes parece que eu nunca vou acertar.
E nessa fome que dá durante a caçada eu me faço crer que gosto de uma presa ou outra. Porém não.
À procura de um novo sabor.

Não me considero um caçador, gente. Também não é por aí. É que estou lendo "Jogos Vorazes" e a Katniss me influenciou um pouco.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Desabafo em verso, porém sem rima

Fiz o que fiz e aqui estou.
Enganos e acertos.
Destes menos que daqueles,
talvez.
Não me arrependo de nada
que no momento parecesse o certo.
Aprendi com o que não foi.
Aproveitei os outros.
Atualmente estou tão feliz
quanto poderia estar.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Janela

Somos amantes da vida saudável, mas acho que nossas semelhanças acabam aí. Bom, na verdade nem isso eu posso afirmar com o vigor que pretendia, pois o meu "saudável" é completamente distorcido por finais de semana regados à McDonald's e um doce de vez em quando. Preciso de um paladar adocicado pra suportar as amarguras afora, dessas eu estou cheio todos os dias.
Até que elas me ajudam e me impulsionam a sempre procurar um gostinho melhor, e valorizá-lo quando o encontro, e o encontrei num dia de sol esbanjando saúde e tudo que tem de melhor. Não digo só a beleza física, não que esta não tenha ajudado, confesso. Mas o sorriso simpático e o "oi" bastaram.
Controlo-me para não parecer ridículo passando debaixo da janela no primeiro andar umas sete vezes por dia, pensando que em pelo menos uma delas você apareça pra apreciar o céu. Ou não. Seria constrangedor.
Fico constrangido com o que na verdade? De correr atrás do que eu quero?
Então não, seria mágico encarar-lhe através do vidro e ver de novo seu belo rosto sorridente.
No caminho minha timidez ainda atrapalha, mas cada interrogação que você substitui por uma exclamação dentro de mim tem um gosto mais doce do que qualquer chocolate e é mais saudável do que qualquer passeio de bicicleta.
À noite quando se apaga a luz na janela, apaga-se também um pouco da esperança de naquele dia eu ouça sua voz, numa conversa irrelevante qualquer ou cantando enquanto dedilha o violão que com tanto carinho e dedicação você carrega.
Mas a esperança no amanhã ou depois ou semana que vem, essa continua forte em mim.

Minha maior preocupação é se a galera do térreo acha estranho eu andando pra lá e pra cá e...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

#28C7C7

Olhando para os lados sempre me deparei com cores belas. Tons vivos e muito mais chamativos e quentes que o meu, contudo nunca os invejei, acostumei-me à monotonia azulada de mim mesmo.
Até que chegou ela, uma incrível e peculiar artista, com uma visão além do alcance, pensando em detalhes e enxergando possibilidades onde nunca ninguém vira antes. Ela, com sua genialidade visionária, poderia ter escolhido qualquer das outras cores, mas por algum motivo decidiu explorar-me, quis descobrir do que a minha cor era capaz, quis dedicar-se a mim. Inacreditável.
Misturou, acrescentou, saturou, espalhou-me aparentemente a esmo, porém calculando exatamente os objetivos que queria me ver alcançar. Aos meus olhos eu continuei sendo eu, azul e monótono, mas notava as mudanças que ela me proporcionou, logo eu uma cor tão sem graça...
Agora dou-me conta do potencial que não via antes e que essa artista explorou tão coerentemente. Com certeza não sou mais o mesmo pigmento de antes e agora que a artista me descobriu, ando com ela em sua paleta para interagir com outros tons por aí e ser cada vez uma nova cor.
Obrigado por adicionar-me à sua coleção, senhorita artista.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sol

Acorda, vê a chuva pela janela e pensa "que dia lindo me espera".
O tempo passa do jeito mais monotonamente ordinário, como se os pingos nada alterassem. É só mais um dia.
Começa a labuta, dois "boa tarde" com o mesmo sorriso verdadeiro, sempre, mas nunca menos completo e espontâneo. Automático como píscar, respirar, digerir. Está digerindo as palavras que si mesmo proclamou em outrora e não sabe se lhe fazem mal ou está apenas com mais fome.
Sobe escada, desce degrau por degrau. Olha para a tela, pisca de novo, inspira e expira. Coloca o fone e uma nova música soa acompanhada do sol tristonho, cinza e frio. Nem as lindas notas nem os raios majestosos esquentam-no hoje.
Não precisa dos olhos bem abertos, só quer sentir algo.
~~


VAZOU HELLO COLD WORLD
e eu acabei me ispirando um pouco, então tá aí.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

pseudo inglês

I must be dry
'Cause I can't even cry
Even if I want to
But perhaps
I just don't need
Do I gotta bleed?
No pain
No gain.


ignorem... vão ler um livro, passar manteiga no pão, sei lá

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Aqui não é nada

Mas por aí, mundo afora o Halloween é tradicionalíssimo.
Eu queria e realmente tentei postar algum texto significativo e dentro do tema, mas falhei completamente (na boa, apaguei uns 4 possíveis posts)...
Enfim vi a luz lá distante quando quase desistia!
Assistam:

Das incríveis músicas que tenho descoberto recentemente, essa dupla Matt and Kim tem me agradado demais, então fica aí a dica e feliz halloween, suas bruxa! Rs.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Tá com pressa?

Pra quê fazer tudo correndo, sem nem prestar atenção?
Pegar atalhos e perder a emoção de uma inspiradora viagem por paisagens únicas? Não, obrigado.
Eu tô de boa, fazendo tudo ao meu tempo, apreciando melhor a vida.
Afinal ter pressa pra quê? Pra morrer?
Porque se você já terminou de fazer tudo, a vida acabou.

Tosquera, só pra setembro não ficar com uma atualização só.
Claro, essa é minha real filosofia de vida. Rs.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Melhor Agora

Eu sou uma criaturinha hipócrita, confesso.
Considero-me um pseudo-artista que só não se dá melhor nesse mundo porque as "artes" não são reconhecidas onde vivo. Aqui, nesse imenso Brasil.
Tá que é verdade, mas eu também não faço a minha parte. Não leio, não assisto e não ouço muitas coisas conterrâneas. Não é um pecado capital, mas né.
Enfim, esse papo todo eu comecei a refletir depois de dar de cara com isso:

POXA! Isso é bom, e é nacional. Então fica a dica aí pessoal, procurando a gente acha muita coisa boa nessas terrinhas.
Claro, eu gostei porque soa muito como as coisas gringas que eu curto. Ainda é um pouco estranho ouvir as letras em português, mas aos poucos eu vou me acostumando.
Tá, tirando os exageros... realmente vale a pena valorizar o que a gente tem/faz/cria. Mesmo que de repente, como eu ou a Moraless (a banda no vídeo), essa criação não expresse a nossa cultura, porque sofremos muita influência e tal, mas isso não deixa de ser um ponto positivo... e se pensar bem uma característica do Brasil sempre foi a miscigenação mesmo.
Valorizem a arte brazuca!
ficou a dica pra mim mesmo rs

Eu tive o prazer de ajudar minha amiguinha Luh, a baixista da banda, e foi assim que eu acabei conhecendo esse som. Sempre que precisar, sua linda, é só pedir. ;D

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Em um mês...

...muita coisa pode acontecer.
Desde uma guerra devastadora até a reconstrução do que ela acabou por destruir.
Variações incompreensíveis no clima, o belo crescimento de uma flor e o amadurecimento de sua doce fruta, aqueles frágeis ovos tornam-se pequenos pássaros que, aos cuidados dos pais, estão quase prontos pra bater as asas pela primeira vez.
Muitas vidas perdidas e incontáveis outras criadas, a saliência na barriga de uma gestante se faz ser notada, os hormônios de outra dama a levam de um extremo ao outro na escala do humor. Aquele ótimo filme de comédia romântica é editado.
Estudar muito praquela prova, treinar pra tirar habilitação pra dirigir, trabalhar arduamente e receber os louros do seu suor.
O cabelo cresce um pouco e eu preciso cortar as unhas algumas vezes, luto contra a balança pra eliminar aqueles quilinhos chatos que insistem em me acompanhar. Lavo o carro no dia que eu acordo de bom humor, logo ele está sujo e precisa ser lavado de novo, gasto uma fortuna com combustível e mecânico. Passeio por aí. Rolam aquelas festinhas, aniversários.
É o tempo pra rir à beça, pra derrubar algumas lágrimas e soltar alguns palavrões. É tempo suficiente pra gostar, desgostar e talvez até para amar ou odiar. É tempo pra descobrir, redescobrir, esquecer e lembrar.
Um mês se passou, eu ainda não consigo acreditar em tudo o que vêm acontecendo, só sei que é tempo demais pra estar sonhando, então sei que é tudo realidade. A minha real felicidade.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Adocica, meu amor

Antes colocar açúcar de menos
e, se não estiver doce o suficiente,
ir adocicando aos poucos
até chegar na medida certa.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O cercado de casa

Mais uma manhã de segunda que o despertador me convida pra encontrar, quase curto depois daquele domingo tedioso, só não gosto porque ele está me obrigando a abandonar o conforto e calor do edredom. Levanto e olho pela janela a mesma vista de todos os dias, só com uma pitada a mais de neblina. Tomo o café tremendamente doce que meu pai costuma fazer e, por algum ímpeto quase inédito, resolvo dar uma volta no jardim, ainda com a xícara fumegante em mãos.
A grama, as pequenas árvores, arbustos, flores e até o fino poste de luz me trazem lembranças. A mais recorrente é um misto de tristeza e alegria, eu quase ouço o latido e as patas correndo e espalhando a folhagem pra depois encher minha roupa com marcas de terra. Aliás, até esqueci que estava apenas de pijama, cabelo e rosto um mais amarrotado que o outro, sem problemas apesar do cercado de casa ser bem aberto, pois aqui do lado só tem mato.
Um jorro de café quente espirra pra fora da minha boca, não pela excessiva temperatura, mas pela surpresa do que meus olhos focaram no meu campo de visão (e eu demoro alguns segundos pra compreender). O cercado estava destruído e grande parte caída em pedaços ao chão, não sei precisar se o impacto havia sido de dentro pra fora ou vice versa. No auge da curiosidade atravesso os escombros e vou à procura de um possível responsável.
Nunca reparei antes no bosque que se avizinha à minha casa, a mata mais espessa e variada do que eu poderia supôr. Ao longo do que parecia uma trilha, aparentemente causada pelo mesmo motivo do que quer que tenha derrubado minha cerca, as árvores estão aos pedaços e o que resta de seus troncos tremem de medo. Ou pode ser apenas o vento, que também suspira por aqui como se fosse algo vivo. Ou pode ser algo/alguém, reparo que a sua inspiração e expiração quase acompanham o ritmo das minhas.
A SILHUETA ASSUSTADORA, ENORME MOVE-SE EM MINHA DIREÇÃO SEM O MENOR AVISO VINDA DE TRÁS DAS ÁRVORES. Em meu desespero derrubo a xícara e... é tudo que consigo fazer, não corro, nem pisco e a respiração também paralisa-se.
É incrível, maravilhosamente belo e novo pra mim, nunca havia sonhado em ter a sorte de testemunhar tamanha preciosidade.
Não trata-se de um monstro de sete cabeças e sim de um indomado e selvagem sentimento.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Eu como metáforas no café da manhã

Não preciso escrever pra que seja verdade, muito menos preciso entender pra poder vivenciar. Ainda bem.
E se eu não compreendo, não espero que o leitor interprete melhor tudo o que vem pela frente e que perdôe caso me perca no meio de divagações complexas ou não.

Só aprendemos a lidar com situações conforme vamos vivenciando-as. Eu dirijo muito melhor agora, com pouco mais de dois anos de experiência, do que nas primeiras vezes logo depois de tirar minha habilitação. Mesmo nesse caso ainda houve uma preparação, lições, treinamentos. E quando você viaja e chega num novo lugar com no máximo alguns conselhos dos amigos?
Melhor que nada. A esses amigos só tenho a agradecer por terem me ajudado a não me perder sem rumo, mas mesmo assim é complicado antes de engatar uma marcha. Na primeira, na arrancada, eu tive medo, não aquele medo fobia (o qual eu tenho coragem de ter), mas aquela outra nuance do medo que você logo perde ao sentir os cabelos ao vento.
Sério, pensa comigo: quando a gente procura alguém é tipo uma bifurcação na estrada...
<- opostos se atraem
almas gêmeas ->
Não que pra ser gêmeas as almas precisam ser exatamente iguais, contudo acabei encontrando uma assustadoramente semelhante à minha. Gostos, preferências, interesses, pensamentos, tudo minimamente e intensamente parecido. Ainda assim lá está a atração. Ótimo. Ó-ti-mo.
Era tudo e muito mais que eu poderia querer.
Só quero ter sapiência, provar que eu sou dessa chamada espécie de ser humano que sabe que sabe e dirigir tranquilamente por uma estrada mágica de tijolos amarelos, ou apenas por uma rodovia enquanto olho o pôr-do-sol pela janela refletindo nos campos distantes e nos seus olhos sorridentes.
A segunda marcha foi fácil de engatar, pois com um toque ou um abraço ou uma simples troca de olhares nossas semelhanças conversam e me dizem que enquantos os semáforos estiverem verdes eu continuo em velocidade crescente rumo à...
Onde você quer ir?

domingo, 19 de junho de 2011

A decadência das adaptações literárias

Lindo, quando eu fiquei sabendo que havia essa matéria na grade da faculdade de Audiovisual, não poderia ter tido maior alegria. Fazer uma adaptação literária seria uma incrível experiência, eu estava no auge do meu fanatismo por Harry Potter e derivados.
Quando finalmente chegamos ao terceiro semestre e as aulas começaram de fato, não foi bem uma decepção. A decepção veio quando o professor passou determinados textos dos quais deveríamos fazer um curta.
Tchau fantasias.
Felizmente por ser uma turma um tanto chegada ao professor (sem puxassaquismo) ele nos deixou adaptar algo diferente, mas teria que ser aprovado pelo mesmo. Tá, melhor que nada. Algumas discussões grupais pra decidir o que faríamos enfim e no meio de algumas comedinhas, a Bruna achou um lindo e depressivo, claro texto romântico.
Não sei porquê, mas naquela época acho que o único com tempo disponível era eu, e me incumbiram de roteirizar. A galera tava satisfeita e razoavelmente dedicada, queríamos gravar logo, pois todas as atenções estavam voltadas para o curta seguinte, o da matéria de psicologia que futuramente veio a ser o do semestre por falta de tempo e também porque ficou muito bom, vai. Eu curti o roteiro, ficou simples e direto. Chegando no dia da produção e nada de elenco. Rá. E lá volta o querido padre que não decora suas falas.
Eu protagonizei meu roteiro, então não poderia ser muito ruim. MAS É CLARO QUE SIM. Mariana atuou bem, Cardoso também, consegui odiar o personagem dele fácil AFINAL ELE TAVA PEGANDO MINHA MINA E ERA MEU AMIGO E...
A gravação foi um terror, e não por ter sido nos estúdios Kaiser. A equipe quis dar uma de "estamos virando profissionais" e, eu sei que é o certo, tivemos que suportar aquele calor magnífico da iluminação. Sempre correndo contra o tempo, gravamos tudo em um dia. Glória.
Se eu tiver coragem de reassistir aquilo, capaz de eu quebrar o dvd no meio, apesar do trabalho do Pinda de finalização ter ficado muito bom, o menu e a arte e tudo mais, minha atuação matou o curta. Tive que ouvir do professor que eu não parecia tão acabado pra quem tinha uma doença terminal. Isso é bom pro ego, mas ele queria que tivesse sido alguém magro e com barba por fazer e EU ERA GORDO E AINDA HOJE NÃO TENHO BARBA DIREITO, beleza.
Mas sério, não lembro quem produziu, mas obrigado por não ter se dedicado a procurar um bom ator e me deixar estragar aquela obra tão bonita. Tenho vontade de refazer não atuando, obviamente.
E o farei, uns tempos atrás tive um sonho de adaptar totalmente a história pra uma pseudo comédia, é.
Ah sim, o título é "Pérola Imperfeita", que eu tirei de uma aula de história da arte, nem lembro mais o que significava.

É isso, beijos. Juro que o próximo é mais animado, afinal será de fato a vez de "TPM", um dos, se não o melhor curta que eu já tive a honra de colaborar pra que acontecesse.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Déjà-vu

A coruja piando na escuridão, o som macabro não ficava melhor acompanhado pelo vento que soprava por entre as altíssimas árvores ali. Cruzou os braços numa vã tentativa de proteger-se melhor do frio. Caminhou rapidamente até o estreito corredor formado pelos prédios e no fim deste via a luz do pequeno pátio. Através das janelas ouvia algumas vozes, distantes, como se não notassem tudo que acontecera. Mas o que aconteceu?
Não se lembrava, apesar da incrível sensação de déjà-vu. Os sons, os sentidos, as visões, tudo tão estranhamente familiar, porém nunca esteve naquele lugar antes. Só sabia o que aconteceria a seguir. E tinha medo, mas continuou andando em direção à claridade.
Lá sabia que encontraria um vulto, não tinha idéia quem seria, mas não falhou. Ao chegar no pé da pequena escada que dividia o pátio entre os prédios viu alguém parado no último andar, de costas para si e contra a luz.
Um conflito pairou em sua mente, deveria correr e se esconder ou era seguro pedir ajuda? Antes que se decidisse, o vulto virou se revelando.

Só querendo exercitar um pouco a criatividade, me obriguei a escrever uma histórinha, mesmo que seja bestinha, só pra também deixar isso aqui sempre atualizado, né. A idéia é não pensar em nada, apenas escrever, sem montar um esqueleto de roteiro. Não pensarei nela, só quando voltar a escrevê-la. Ah, e como um pequeno desafio, gostaria que vocês me ajudassem com sugestões do que poderia acontecer (ou ter acontecido antes) propondo uma situação, objeto, ação, personagem, seja a maluquice que for, que eu tentarei encaixar. E se não der em nada, desconsiderem esse post.
Só pra vocês terem uma idéia como isso vai ser dificil pra mim: comecei a pensar em um enredo, mas aí quando me dei conta PLIM já tinha idéia pra roteireirizar em uma trilogia de curtas-metragens.
É isso, beijos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Where do I begin?


Eu sonhei e fantasiei por muito tempo, mas não tinha medo nem receio de me decepcionar caso a realidade não viesse a corresponder à perfeição da imagem que tinha em mente. Talvez por culpa de uma inocência que insiste em me acompanhar no alto dos meus 21, recém-completos, anos.
Mas os acontecimentos que gosto de interpretar como significativos acontecem de forma inesperada, arrebatadora e obviamente não correspondendo a nenhuma expectativa. Sem pretensões de exprimir relevância vou caminhando ao seu lado sem medo.
Medo de quê?
Enquanto essa novidade não me causa danos, não há o que temer. Se ela compartilha meus passos com a alegria superficial de minha companhia, não vejo porque não mantê-la. Se ela for embora, foi bom enquanto durou. Problemas sempre surgem, também de supetão e muitos deles eu até prefiro encarar assim que aparecem, mesmo que não esteja preparado. Algum aprendizado eu tirarei deles, mesmo que não tragam as melhores consequências para mim.
Agora mesmo estou enfrentando um e procurando desesperadamente por uma solução. Como os outros chamados “meus problemas” não é algo grave, mas incômodo o suficiente. Prende-me. E não quero ser prisioneiro de mim, quiçá de outrem.
Acompanha-me ou me abandona? Abandonar é um termo forte. Liberta-me, que será menos angustiante do que conviver na dúvida e na repreensão de sentimentos ainda não mencionados que me proíbem de agir e desviar, tomar outra estrada, com outra companhia.
Não me liberta, tão pouco anda ao meu lado. Enfrenta seus próprios medos e problemas, mas, como um suposto casal, não estamos aqui pra ajudar e apoiar na luta contra as dificuldades um do outro juntos? Acima de tudo eu sempre valorizei a amizade mais que o amor. Na verdade esses sentimentos completam-se. Amo meus amigos e quero ser amigo dos meus amores. Se é isso o que são ou vierem a ser.
Esses sentimentos dos quais eu não posso mais me livrar e são eles que, na falta de alguém, ajudam ou atrapalham em minhas batalhas diárias. Eles decidem se eu triunfo ou caio em ruínas e em sua confusão eu consigo enxergar pouco. Mas não tem mais volta, continuo em frente com uma certeza, que estarei acompanhado: pelo vazio da solidão ou por alguém pra me dar a mão. 

Texto altamente inspirado por Remember When da Avril Lavigne, música do álbum Goodbye Lullaby (um daqueles poucos CDs recentes que eu ouço sem pular nenhuma faixa).
“… 
But I'm not lost
I'm not gone
I haven't forgot

These feelings I can't shake no more
These feelings are running out the door
I can feel it falling down
And I'm not coming back around
These feelings I can't take no more
This emptiness in the bottom drawer
It's getting harder to pretend
And I'm not coming back around again
Remember when...”

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Vamos brincar de montanha russa!

Up
and down.
Essa é a vida, Brasil.

Trabalho. Pessoas se vão. Trabalho despenca. Aquele marasmo, aquela empacada.
Uma boa notícia. Tudo muda e começa uma escalada. Começa a subida da montanha russa. Que nesse caso é a melhor parte.
Infelizmente a gente sobe só pra cair de novo e fica com aquele frio na barriga que vai dar algo errado.
Mas enquanto isso aproveito a emoção da ascenção.
E enquanto tudo está dando certo tirando essa tosse chata e tal vou pra praia aproveitar o feriadão com aquela vontadinha de não ir. E aproveitar o agora. E aproveitar tudo que eu vou deixar aqui, toda a prosperidade que têm me acompanhado.
Mas pensando bem, quando eu voltar tudo ainda estará aqui me esperando.
Pra continuar subindo. Ou pra começar uma inevitável queda, mas estarei pronto. Eu acho.

Boa páscoa para todos e vamos devagar aí nos chocolates, galera. (Isso é um conselho pra mim mesmo, desconsiderem.)

domingo, 3 de abril de 2011

Coragem de ter medo

Fobia e medo: tão iguais, mas tão distintas.
Eu sempre ouço aquela máxima de 'superar seus medos'. Lindo, a gente tenta e as vezes até consegue. Palmas.
Mas e as fobias? Quem consegue dar um jeito nessas malandrinhas?
Bom, pra exemplificar, vou compartilhar com vocês dois episódios que aconteceram comigo:

-Eu num churrasco, cheio das criança em volta. Eu tinha uns 16 anos. De repente aparece aquela linda, gigante, cascuda, ninja e VOADORA barata. Crianças entram em desespero chorando e gritando por suas respectivas mães, que provavelmente gritariam também se estivessem ali. Eu não tenho medo de barata, mas sabe como é... respirei fundo e pisei na desgramenta, foi a primeira que matei na vida, assim sem veneno. Todos me olharam como se eu fosse um herói de guerra.

-Eu passando por um portão de uma casa aleatória, tinha algumas pessoas ali e uma folha de árvore foi soprada por um ventinho bacana na minha direção, por algum motivo a minha distração me fez acreditar que fosse uma aranha. Lindo, aquele milissegundo que eu achei que fosse uma caranguejeira enorme e peluda eu não consegui pensar em absolutamente nada. Quase paralisei, mas continuei andando e ninguém percebeu nada eu acho. Aí comecei a pensar "e se tivesse sido um aracnídeo monstruoso pulando em mim?" como eu teria reagido?

Com a barata, nhé, foi tranquilo. Mas e encarando uma verdadeira fobia em público? Superá-la seria assim tão fácil? Por que eu tenho uma certa fobia de passar vergonha socialmente e ter um ataque histérico com a aranha seria um tantinho humilhante. Imaginei-me corajosamente dando um chispa, um peteleco na aranha. Ri internamente, nunca conseguiria fazer isso. Talvez eu pediria socorro as pessoas ali, explicando minha aracnofobia e tudo seria menos vergonhoso. Se eu não estivesse fazendo uma careta de pavor e se minha voz saísse em um tom audível, claro. Capaz de simplesmente desmaiar ou morrer ali mesmo e pronto.

E vocês, como reagiriam em uma situação que tivessem que enfrentar uma fobia sua assim em público, em um momento inesperado?

terça-feira, 15 de março de 2011

O gigante

Aterrorizante é a visão da criatura montanhosa. Esplêndido contorno sombrio em contraste com o pôr do sol alaranjado. A figura, aparentemente imóvel, toma conta de grande extensão do horizonte.
Ele não era visto apenas fisicamente de longe, sua fama e seu nome eram tão conhecidos e temidos quanto seu corpo. Temido, mas respeitado.
Se o respeito vinha do medo que ele impunha pouco importava, muitos são os que sonham em conhecê-lo, encará-lo, integrá-lo.
Pois sim, ele sozinho não é a questão de sua grandeza, mas sim as pequenas e milhares partes integrantes de seu interior. Pessoas, atitudes, idéias, sentimentos. Cada parte um ser vivo que muito batalhou para entrar neste corpo de infinitas possibilidades.
As vidas palpitantes no gigante agem em sua defesa. Rivais ele possui, mas uma ameaça real ele não corre, nem todos que o integram. Uma vez parte, para sempre levará consigo sua grandeza.

PS: chega de ps a partir de agora, interpretem os textos como quiserem ;D

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dúvidas

Eu duvido muito, não de mim mesmo nem das minhas capacidades, mas sim das minhas vontades. Não que elas sejam 'duvidosas', minha dúvida não é nesse sentido. Fico confuso em certas épocas, que infelizmente tendem a se repetir, quando muitas vontades se fazem presentes e insistentes. Convictas e absolutas nunca, mais como idéias no fundo do cérebro que primeiro surgem tímidas e temerosas como um filhotinho de gato na chuva, tentando se proteger num caixote de papelão da chuva. A chuva sendo minha consciência super julgadora.
Eu julgo muito, inclusive, e talvez principalmente, a mim mesmo. Julgo minhas vontades, tenho mania de considerá-las impulsivas e precipitar conseqüências negativas em número muito maior que positivas. Impulsividade é uma qualidade exclusiva só dos meus desejos, quem me conhece nunca usaria esse adjetivo pra me qualificar. Um conflito interno gigante acontece a cada decisão tomada, meu inconsciente escondido em um forte tentando atirar em cada uma das dúvidas que eu insisto em criar para impedir-me de simplesmente me entregar.
Medo de um ‘não’, medo ainda maior de um ‘sim’. Comodidade herdada de meu querido pai. “Por que mexer em time que está ganhando?” mas ganhando o que? E, na verdade, o que eu tenho a perder?
Muitas dúvidas foram deixadas pra trás quando tomei uma das decisões mais difíceis da minha vida, mas não sem antes muito titubear e quase sucumbir dentro de mim mesmo em uma ansiedade e medos incontroláveis. Tanto temi e tremi para depois descobrir que era tudo tão simples e fácil e melhor depois de abrir meu coração e seguir o que ele queria.
Porém é óbvio que eu não aprendi assim tão fácil, mas tentarei seguir meu próprio exemplo daqui pra frente. Mas antes só mais uma dúvida: o que eu quero agora?
...

PS:  ficou confuso? pois é, eu tmbm... mas ali no começo é um trocadilho e
PS2: posso estar parecendo negativo ultimamente, mas sério, sou mto grato pela minha vida, mas todos tem esses momentos q ninguém merece, né?
PS3: fútil é a mãe! to ligado, mas enquanto sem expiração, trabalharei com o mínimo q estiver ocupando minha mente, oquei?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

...

Não sei definir se melhor ou pior, mas um coração vazio não é legal.
Dor, tristeza e palpitação são ruins, mas e um coração sem absolutamente nada?
Oco, mudo, sem sentimentos felizes ou não, naquele estado que você espera que funcione como um casulo e não como caixão. Pois um coração vazio é como a morte. De quem vai e não quem fica. O nada, o escuro.
Um corpo que abriga um coração assim funciona automaticamente, sem impulsos, só na rotina racional, sem emoções, sem graça.
Mas essa graça chega. O casulo se abre, não por dentro, mas por uma força exterior. Chegam os catalisadores, os desfibriladores e dão vida e enchem de sentimento aquele, outrora profundo e escuro, vazio.

PS: o problema é esperar chegar isso se nem esperança existe em um coração vazio, mas tmbm quando chega...
PS2: sai daqui bloqueio criativo!
PS3: desculpa gente, mas preciso desabafar um pouco meu draminha sem nexo, só pra ver se junto vem uma idéia genial

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Pequena parte

"...
_E agora?
_O quê?
_Vai cobrar quanto? Ou vai considerar isso um favor? De qualquer jeito vou ficar devendo.
_Não. Isso foi amor.
Por essa eu não esperava..."

PS: É o que o mundo está precisando, minha gente. E eu também.