quarta-feira, 20 de abril de 2011

Vamos brincar de montanha russa!

Up
and down.
Essa é a vida, Brasil.

Trabalho. Pessoas se vão. Trabalho despenca. Aquele marasmo, aquela empacada.
Uma boa notícia. Tudo muda e começa uma escalada. Começa a subida da montanha russa. Que nesse caso é a melhor parte.
Infelizmente a gente sobe só pra cair de novo e fica com aquele frio na barriga que vai dar algo errado.
Mas enquanto isso aproveito a emoção da ascenção.
E enquanto tudo está dando certo tirando essa tosse chata e tal vou pra praia aproveitar o feriadão com aquela vontadinha de não ir. E aproveitar o agora. E aproveitar tudo que eu vou deixar aqui, toda a prosperidade que têm me acompanhado.
Mas pensando bem, quando eu voltar tudo ainda estará aqui me esperando.
Pra continuar subindo. Ou pra começar uma inevitável queda, mas estarei pronto. Eu acho.

Boa páscoa para todos e vamos devagar aí nos chocolates, galera. (Isso é um conselho pra mim mesmo, desconsiderem.)

domingo, 3 de abril de 2011

Coragem de ter medo

Fobia e medo: tão iguais, mas tão distintas.
Eu sempre ouço aquela máxima de 'superar seus medos'. Lindo, a gente tenta e as vezes até consegue. Palmas.
Mas e as fobias? Quem consegue dar um jeito nessas malandrinhas?
Bom, pra exemplificar, vou compartilhar com vocês dois episódios que aconteceram comigo:

-Eu num churrasco, cheio das criança em volta. Eu tinha uns 16 anos. De repente aparece aquela linda, gigante, cascuda, ninja e VOADORA barata. Crianças entram em desespero chorando e gritando por suas respectivas mães, que provavelmente gritariam também se estivessem ali. Eu não tenho medo de barata, mas sabe como é... respirei fundo e pisei na desgramenta, foi a primeira que matei na vida, assim sem veneno. Todos me olharam como se eu fosse um herói de guerra.

-Eu passando por um portão de uma casa aleatória, tinha algumas pessoas ali e uma folha de árvore foi soprada por um ventinho bacana na minha direção, por algum motivo a minha distração me fez acreditar que fosse uma aranha. Lindo, aquele milissegundo que eu achei que fosse uma caranguejeira enorme e peluda eu não consegui pensar em absolutamente nada. Quase paralisei, mas continuei andando e ninguém percebeu nada eu acho. Aí comecei a pensar "e se tivesse sido um aracnídeo monstruoso pulando em mim?" como eu teria reagido?

Com a barata, nhé, foi tranquilo. Mas e encarando uma verdadeira fobia em público? Superá-la seria assim tão fácil? Por que eu tenho uma certa fobia de passar vergonha socialmente e ter um ataque histérico com a aranha seria um tantinho humilhante. Imaginei-me corajosamente dando um chispa, um peteleco na aranha. Ri internamente, nunca conseguiria fazer isso. Talvez eu pediria socorro as pessoas ali, explicando minha aracnofobia e tudo seria menos vergonhoso. Se eu não estivesse fazendo uma careta de pavor e se minha voz saísse em um tom audível, claro. Capaz de simplesmente desmaiar ou morrer ali mesmo e pronto.

E vocês, como reagiriam em uma situação que tivessem que enfrentar uma fobia sua assim em público, em um momento inesperado?