quinta-feira, 5 de abril de 2012

Aventuras Aleatórias Cap. 3

Rawr

_Por que diabos tem um botão com cara de tigre nessa... nessa..._ Zayd não soube concluir a interrogação.
_Ciclétrica, é como se fosse uma moto, mas é elétrica. E não tenho ideia, acho que aquele tigre dono do posto se amava tanto que estampava sua cara peluda em tudo.
_Isso se chama narcisismo. Já me disseram que eu sofria disso, o que é besteira, pois não é sofrimento algum ser tão lindo.
Zadok riu, sem desviar a atenção da pista. Estava tudo calmo (até demais) por enquanto, mas aproximavam-se das montanhas que limitavam o território dos anões e tinha certeza que por ali haveria uma guarita ou qualquer tipo de coisa que controlasse quem entrava e saía. Chegou em um túnel cheio de curvas e por mais perigoso que fosse tentou não diminuir muito a velocidade para não perder tempo. Lá estava na saída do túnel uma pequena construção com uma cancela abaixada impedindo a livre passagem.
_Eu preciso parar de ter essas ideias idiotas que podem me matar._ Suspirou Zak ajeitando o capacete.
_Olha aqui moleque, quando elas envolvem apenas você, paciência. Mas estamos falando da minha vida também! Do meu raro pelo de mini lince!
_É isso ou ser preso e escravizado pra sempre por esses anões, Zayd.
_Ora essa, eu no máximo seria doado pra alguma garotinha inocente que me alimentaria muito mais que você nesses últimos anos!
_Segure-se!
Acelerando o máximo que podia, o humano aproximou o veículo da parede arredondada do túnel tentando manobra-lo para cima, assim podendo passar sobre a cancela, mas a gravidade não estava do seu lado naquele dia.
_Você é louco!_ gritava desesperado o mascote_ Volte, vamos achar outra AAAAAAAAAAAAH!
Anões saíam de todos os lados, gritando para que eles parassem e naquela confusão Zayd cravou as garras em Zak e esbarrou o traseiro no botão estampado com um tigre. A ciclétrica rugiu como um animal e instantaneamente teve sua velocidade quase triplicada, o que permitiu deslizá-la pela curva da parede e deixar pra trás os guardas sem um arranhão sequer. No fim do túnel o veículo voou e girou pelo ar até que caiu sobre as duas rodas na estrada adiante e continuou numa velocidade impressionante. Zak não teve nem tempo de raciocinar, ainda segurava com toda a força a direção com medo de ser arremessado pra fora e tinha que manter o controle pra que não saíssem da pista e trombassem com a parede de um lado ou deslizassem montanha abaixo de outro.
Quando Zayd finalmente teve coragem de abrir os olhos exclamou:
_É ISSO AÍ, EU SABIA QUE CONSEGUIRÍAMOS, UHUL! Sempre confiei em você e na nossa amizade, você tá ligado, né?_ Com sorriso amarelo desviou o olhar pra ver a confusão que deixaram para trás, mas nem era mais possível saber se estavam sendo seguidos ou não. Provavelmente estavam.

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