segunda-feira, 30 de maio de 2011

Where do I begin?


Eu sonhei e fantasiei por muito tempo, mas não tinha medo nem receio de me decepcionar caso a realidade não viesse a corresponder à perfeição da imagem que tinha em mente. Talvez por culpa de uma inocência que insiste em me acompanhar no alto dos meus 21, recém-completos, anos.
Mas os acontecimentos que gosto de interpretar como significativos acontecem de forma inesperada, arrebatadora e obviamente não correspondendo a nenhuma expectativa. Sem pretensões de exprimir relevância vou caminhando ao seu lado sem medo.
Medo de quê?
Enquanto essa novidade não me causa danos, não há o que temer. Se ela compartilha meus passos com a alegria superficial de minha companhia, não vejo porque não mantê-la. Se ela for embora, foi bom enquanto durou. Problemas sempre surgem, também de supetão e muitos deles eu até prefiro encarar assim que aparecem, mesmo que não esteja preparado. Algum aprendizado eu tirarei deles, mesmo que não tragam as melhores consequências para mim.
Agora mesmo estou enfrentando um e procurando desesperadamente por uma solução. Como os outros chamados “meus problemas” não é algo grave, mas incômodo o suficiente. Prende-me. E não quero ser prisioneiro de mim, quiçá de outrem.
Acompanha-me ou me abandona? Abandonar é um termo forte. Liberta-me, que será menos angustiante do que conviver na dúvida e na repreensão de sentimentos ainda não mencionados que me proíbem de agir e desviar, tomar outra estrada, com outra companhia.
Não me liberta, tão pouco anda ao meu lado. Enfrenta seus próprios medos e problemas, mas, como um suposto casal, não estamos aqui pra ajudar e apoiar na luta contra as dificuldades um do outro juntos? Acima de tudo eu sempre valorizei a amizade mais que o amor. Na verdade esses sentimentos completam-se. Amo meus amigos e quero ser amigo dos meus amores. Se é isso o que são ou vierem a ser.
Esses sentimentos dos quais eu não posso mais me livrar e são eles que, na falta de alguém, ajudam ou atrapalham em minhas batalhas diárias. Eles decidem se eu triunfo ou caio em ruínas e em sua confusão eu consigo enxergar pouco. Mas não tem mais volta, continuo em frente com uma certeza, que estarei acompanhado: pelo vazio da solidão ou por alguém pra me dar a mão. 

Texto altamente inspirado por Remember When da Avril Lavigne, música do álbum Goodbye Lullaby (um daqueles poucos CDs recentes que eu ouço sem pular nenhuma faixa).
“… 
But I'm not lost
I'm not gone
I haven't forgot

These feelings I can't shake no more
These feelings are running out the door
I can feel it falling down
And I'm not coming back around
These feelings I can't take no more
This emptiness in the bottom drawer
It's getting harder to pretend
And I'm not coming back around again
Remember when...”

Um comentário:

  1. NUNCA é como a gente sonha e imagina, é SEMPRE mais dificil e complicado (e se não fosse, provavelmente nunca cresceriamos), o que não impede de às vezes se tornar melhor e mais inesperado do que aquilo que imaginavamos.
    Anyway... Super me identifiquei com a parte de amizade-amor.

    Amei o texto no geral, já disse que admiro quem consegue falar sobre os próprios sentimentos assim né? E Remember When tá no meu top3 do GL *-*

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