domingo, 17 de outubro de 2010

Curse Words

Palavras Amaldiçoadas, malditas, de maldição, que amaldiçoam. Ou como as conhecemos: PALAVRÕES.
Voltando só um pouco no tempo, quando Justins Biebers e Restarts da vida nem sonhavam em fazer sucesso [HAHAHAHA ótima piada, né? Sucesso... ai ai] ainda na década de 90 esses caras aí estavam longe de passar pela minha mente. [Os palavrões, porque os exemplos ali estão longe até hoje.]
Talvez por eu ter menos de 10 anos, talvez porque eles eram menos difundidos na sociedade. O que eu quero que vocês entendam é essa evolução dos palavrões entre nós seres humanos, com enfoque nos brasileirinhos.
Talvez quando eu fosse um pré-adolescente, minha família e minha criação ajudaram a me manter longe deles e sinceramente não lembro de algum dos coleguinhas da escola que era super boca suja. Um "inferno" ou "merda" já era de deixar qualquer um de cabelo em pé.
Aí esses caras, os palavrões, que andavam na marginalidade, no underground, vieram ao mainstream e ficaram pops. Hoje eles pintam na telinha da Mtv, em média, a cada 5 minutos. Numa boa.
Essa "descriminalização" dos palavrões aconteceu de uma forma natural e já dava claras pistas de que aconteceria. Algumas músicas do rock tupiniquim chocavam os menos libertinos liberais com alguns palavrões esporádicos. Ok que hoje nem rola em músicas a não ser no funk, mas os palavrões estão tão difundidos na sociedade que se a primeira palavra de uma criança for "caralho" ele vai ser o maior orgulho dos pais.
 "Porra, mãe! Libera esse leite logo, cacete."

Xingar alguém já nem tem tanto efeito com esses palavrões genéricos, pra se sentir ofendido agora precisa-se de um discurso inteligente e bem estruturado baseando-se nos possíveis pontos fracos... enfim. Isso é, relativamente, um ponto positivo? Talvez.
O choque é menor quando se ouve uma nova atrocidade linguística. [E eu não me refiro a erros gramaticais.] Por outro lado a gente passa a viver em um mundo banalizado, baixo, com uma notória involução cerebral, pois tudo o que o sujeito pensa e diz pra se expressar são palavrões. Não estou defendendo aqui a volta do uso de termos como "infortúnio" [isso me lembra da Tia Cami] entre outras expressões rebuscadas, mas defendendo o pouco que resta da dignidade e honra desse povo em ter a mínima noção de saber como, quando e onde falar essas palavrinhas de baixo calão.
Não sou hipócrita de negar que eu falo palavrão, ao contrário. Estou apontando tudo isso justamente por ter percebido o quanto eles entraram no meu vocabulário nos últimos anos.

PS: A idéia pro post surgiu um pouco depois de ler esse texto da Mary.

2 comentários:

  1. Euri do bebê e da frase DOHSANDSOALDKSA Atualmente as crianças andam começando a falar palavrões mais cedo, a sair pra balada mais cedo, a ter 'relacionamentos' mais cedo e a 'fazer sucesso' mais cedo rs É foda [palavrão oi] porque poucas meninas (e meninos) de treze anos tem cerebro o suficiente pra não serem retardadas/os opcionais e aí acontece essa banalização de TUDO (inclusive dos palavrões, chamar alguém de filho da puta é quase elogio, é cool rs) que deixa algumas pessoas (as que pensam) frustradas u_u'

    Mas cacete, posta com mais frequencia nessa porra aqui, fdp u.u <3

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  2. "Xingar alguém já nem tem tanto efeito com esses palavrões genéricos, pra se sentir ofendido agora precisa-se de um discurso inteligente e bem estruturado baseando-se nos possíveis pontos fracos..."
    FALOU TUUUUUUUUUDO!

    falo muito palavrão tbm, coisa que nem sonhava em fazer até, sei lá, uns 15 anos... tenso :/
    e hoje em dia a criança de dois, três anos fala um 'fidaputa' e os pais acham liiiiiiiindo!
    ê, sociedade moderna deturpada! :D

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