quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Just4Fun

E esse Brasil que não muda, hein? Sempre quente, credo. Ainda bem que estou acostumado com coisa pior. Mas meu manto não ajuda muito.
Enfim, estou aqui por um motivo diferente do habitual. Não vim a negócios. Faz um bom tempo, nem lembro exatamente quando, deixei aqui um de meus tesouros. Um baú cheio de moedas. Mas não qualquer moeda, elas não tem nenhum valor monetário no que se refere a vocês, ainda assim são valiosas e estou precisando de uma. Quando enterrei o tesouro, o local não passava de mato. Bom, nesse aspecto o Brasil mudou, atualmente é uma escola infestada de pirralhos, os piores pro meu tipo de trabalho, sabe como é. Na época escolhi aqui para escondê-lo pois os seres viventes eram animais (nesses eu confio) e uns índios que não tinham a cobiça dos malditos europeus, na verdade sempre foram muito inocentes com tudo, não gostei de trabalhar com eles, muito peso na consciência...
Hoje, agora é o que, uma hora da tarde? Nesse horário não costuma ter ninguém na escola, certo? Troca de turma e tal. Ai como sou esperto (tudo bem que a idéia era vir de madrugada, mas não podia perder aquele almoço bacana no Japão!).
Tá tudo bem calmo, entro pelos portões quase tão seguros quanto os de algumas prisões e caminho tranquilamente pelo pátio brincando com um pequeno pingente em forma de 'L' entre meus finos dedos.
Chego no local onde minhas moedas estão enterradas e ironicamente ali no chão tem uma pixação, uma declaração de amor tosquista e simplória, e entre os nomes dos enamorados tem um X. Minhas habilidades me permitem retirar o baú, pegar a moeda (duas, só pra garantir) e devolvê-lo para debaixo da terra sem deixar vestígios de que algo como uma escavação aconteceu por ali. Embora teria sido engraçado ver quais teorias eles bolariam pra explicar, muito criativos esses humanos, mas não quero arriscar a segurança do meu tesouro.
Estou caminhando de volta para a saída e me deparo com um telão enorme no pátio que nem tinha reparado antes, ando um pouco distraído com tanto trabalho. E pra piorar começa a entrar uma infinidade de estudantes empolgados. Pelo jeito teria uma exibição, sei lá. Quando dão de cara comigo, alguns riem, outros se assustam, desencadeio diversas reações. Uma professora vem conversar comigo, mas eu só sorrio com um aceno de cabeça e continuo em meu caminho. Prefiro não criar intimidades pra depois não, enfim... Só o que consigo pensar é que deveria ter usado um disfarce, como faz um dos meus patrões. A cobra costuma funcionar bem, mas qualquer que fosse já me ajudaria pra diminuir o calor e os comentários que eu estava fingindo não ouvir.
Passando no meio daquela multidão alguém, algum adolescentezinho infeliz passa a mão em uma de minhas moedas. AH ESSES BRASILEIROS!
Aí eu não me controlo, bom na verdade um pouco ou aquilo viraria uma tragédia, e grito o mais alto que posso (com a voz mais medonha que consigo improvisar): "QUEM ROUBOU A MINHA MOEDA VAI MORRER!"
É, eu sei. A ameaça não é a melhor, considerando tudo, mas o efeito de trovão e o eco retumbante que eu dou fazem um bom trabalho. Logo arremessam de volta a moeda aos meus pés. Eu a pego.
"Obrigado, tenham uma boa tarde."
Estou quase saindo daquela loucura quando ouço umas piadinhas. Olha, já to aqui mesmo, então.
"QUEM NÃO ME RESPEITAR VAI MORRER!"
Mais uma vez silêncio absoluto, mas uma patricinha desgramenta faz uma careta nojenta que eu não aguento. Aponto minha mão pra ela que a faz arregalar os olhos. O pessoal fica esperando, meio apreensivo (adoro fazer mistério) até que eu aponto pro chão e ela cai dura. Não precisava dessa ceninha toda, mas to querendo me desestressar. Mil pés correm para acodí-la.
"Ih, gente, relaxa. Ela acorda daqui a pouquinho."
OU NÃO, completo pra mim mesmo. Hihi. Não curto desafiar a ordem das coisas, mas pensem: ela poderia ter um futuro muito pior.
E saio correndo, todo saltitante.
No fim dos degraus topo com uma menina. Nada demais. Mas ela estava com um celular na mão que eu estou querendo faz tempo. Pego o pingente, destravo o modo de segurança e ele cresce, revelando-se. Minha querida foice!
Passo a ponta dela na argolinha do chaveiro do celular e puxo pra mim. YES. Agora tenho um celular modernuxo que toca musicas e tem joguinhos (só pra MATAR um tempinho).
 
Ah, a moeda? To com vontade de comprar um manjar dos deuses que tem numa máquinha automática nova lá no Paraíso.
 
PS: Meio que uma fic do @realMORTE que surgiu de um sonho.
PS2: No sonho, depois que ele roubava o celular, ainda acontecia uma luta, ele vencia (óbvio) e saia andando em câmera lenta, com vento na capa, um pôr do sol ao fundo e tocando aquelas músicas triunfantes de final de filme de ação. xD
PS3: Ia fazer piada com tesouros/relíquias da Morte, mas...

3 comentários:

  1. uhsaushuahsuhauhsuah
    Muito boooommmm, podia virar série... As Crônicas de Mosrte! *-*

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  2. IUHDNSAODIHSANODISA MOOOOOOORRRRRRRRIIIIIIIII MUITO BOM DIUAHSNOISHNDOKSDSA

    agora nao sou a unica a ter ideias dormindo!

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  3. DSOAHDASIOHADSIOHADSIOA ADOREEEEEEEEEEEEEI! PUTZ, VAMOS FLOODAR A @REALMORTE PRA LER ISSO ALOK! DSIOHADSIOHADSIHAODS

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